Motorista de ônibus se recusa a continuar trajeto e alunos vão a pé por cerrado até o IFSP; VÍDEO
11/10/2025
(Foto: Reprodução) Estudantes dizem que motorista os obriga a ir a pé até o IFSP em São Carlos
Estudantes de São Carlos (SP) denunciam que um motorista de ônibus coletivo interrompeu a viagem antes de terminar o trajeto, não parou nos pontos e chegou até a mandar os alunos descerem e irem a pé pelo cerrado até o prédio do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
Em nota, a Sou São Carlos, responsável pelo transporte coletivo na cidade, alegou que alunos tem causado "desordem" durante o trajeto da linha e que foi definido junto à Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana que, em caso de tumulto, as viagens serão interrompidas.
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Motorista se negou a continuar percurso
Estudantes tiveram que ir a pé por cerrado após motorista se recusar a completar trajeto em São Carlos
Reprodução/EPTV
O motorista do transporte coletivo teria parado o ônibus na manhã da última sexta-feira (3), falado para os estudantes descerem e se negado a continuar o percurso.
Alguns dos alunos do IFSP, que usam a linha 64, tiveram que ir a pé pelo cerrado da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para chegar ao instituto.
"O motorista parou, largou todo mundo na UFSCar, porque uma tia da UFSCar apertou o botão, não foi nem a gente, não falou que foi ela. Aí o motorista colocou a culpa na gente e disse que ia para ônibus, parou o ônibus, não falou mais nada", relatou uma estudante em um vídeo nas redes sociais.
Os estudantes desceram e foram caminhando pela trilha no cerrado por cerca de 25 minutos.
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Mais denúncias
Motorista de ônibus anda de porta aberta em São Carlos
Reprodução/EPTV
Os alunos fizeram outras denúncias. Em um gravação, o ônibus faz o percurso com as portas abertas. Em uma gravação, na terça-feira passada (7), um estudante afirma que o mesmo motorista fechou as portas e parou o ônibus.
"A gente ficou parado cerca de meia hora no ônibus e o motorista saiu. Aí depois ele voltou, que o meu amigo chamou ele. Ele falou que não ia sair do lugar, só que depois disso ele trancou as portas. E eu tinha uma uma consulta de médico com o meu avô, inclusive falei isso com ele, que eu tinha que estar lá às 14h. Ele trancou a porta e falou que ninguém ia sair. Aí inclusive falou que o gerente dele tinha falado que era para trancar todo mundo", afirmou o estudante Samuel Borges Rabelo.
Nas redes sociais, a conduta do motorista também recebe críticas. A mãe de um aluno afirmou que o condutor "vive nervoso". "Um dia apertaram a campainha sem querer e ele não parou em nenhum ponto desde a Apae e até a rodoviária e ficou xingando os estudantes de vagabundos", escreveu.
O diretor do IFSP, Rodrigo Lemes, explicou que foi feita uma reunião com a empresa do transporte coletivo. "Como não compactuamos com os episódios, nós solicitamos a possibilidade de trocar o motorista até para preservar o motorista e também nossos alunos", afirmou.
Os alunos também reclamam da lotação e da falta de ônibus extras.
O que dizem a Sou e a prefeitura
A Sou afirmou que todos os pontos oficiais de parada são respeitados, mas não respondeu sobre a reclamação de superlotação, nem se está considerando a possibilidade de trocar de motorista.
A Secretaria de Segurança Pública e Mobilidade Urbana pediu que a Sou e o IFSP resolvam o conflito entre estudantes e motorista. Disse ainda que vai monitorar para evitar que o problema se repita e solicitou à empresa uma fiscalização na operação da linha.
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